Com o primeiro troféu oficial à porta, inauguro hoje a rubrica "O Benfica na Supertaça", que vem na sequência das já existentes "O Benfica na Taça de Portugal", "O Benfica na Taça da Liga" e "O Benfica na Europa", uma competição que é a única nacional em que o Benfica não é a força dominadora (tem apenas 4 triunfos, contra 16 do Porto e 7 do Sporting). A final da Supertaça que irá aqui ser relembrada é precisamente a única que conseguimos vencer ao Porto (contra as 9!!! que perdemos com a mesma equipa), nas 4 que já conquistámos (as outras foram frente a Sporting, Belenenses e Vitória de Setúbal). Em 1985/86, com John Mortimore ao leme da equipa, o Benfica começou e terminou a época a vencer: conquistou a Supertaça referente ao ano anterior (em que havia vencido a Taça de Portugal) e a Taça do mesmo ano. Só falhou o campeonato, que foi pelo 2º ano consecutivo para o Porto. Esta era a 7ª Supertaça que se disputava (a competição iniciou-se apenas em 79/80), tendo já sido vencida por Boavista, Benfica e Sporting (todos uma vez) e 3 pelo Porto. Era, por isso, muito importante conquistá-la, assim como o será amanhã, não só por ser um troféu oficial como também (e mais importante que tudo) por ser uma competição onde o Benfica perde claramente para os rivais mais directos. Acrescente-se a isto o factor motivação: se o Benfica vencer o Porto neste encontro, ganha uma motivação extra para revalidar o título nacional, conseguindo assim um bi-campeonato que já não acontece há 26 anos, e coloca uma pressão insuportável sobre a equipa nortenha e o seu novo treinador; se, por outro lado, o Porto conseguir o triunfo, a tal motivação vai toda para o Norte. Por estas razões, conseguir esta vitória é essencial para uma época de sucesso. Espero que a nossa equipa se inspire nesta vitória, conseguida por muitos dos mais importantes jogadores de sempre do Glorioso.
Nesta altura, a Supertaça ainda era disputada a duas mãos, cada uma na casa de um dos clubes. Neste ano, a 1ª mão foi jogada na Luz. Pelo Benfica actuaram Bento; Veloso, António Bastos Lopes, Oliveira e Álvaro Magalhães; Diamantino, Nunes, Shéu e Wando; Manniche e Nené, mais os suplentes utilizados Rui Pedro e Pietra. Num jogo muito disputado, um golo solitário de Diamantino garantiu a vitória à equipa encarnada. Já só era preciso manter a vantagem na 2ª mão.
E foi exactamente isso que aconteceu. Nas Antas, o Benfica (com apenas duas alterações no 11: Samuel no lugar de Bastos Lopes, que entrou no decorrer do jogo, tal como César Brito, e Carlos Manuel no lugar de Nunes) sofreu uma grande pressão, mas acabou por conseguir aguentar o empate a zero e levantou a Supertaça Cândido de Oliveira 85/86.
O resumo do jogo da 2ª mão (infelizmente não consegui encontrar o da 1ª) aqui:
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2 comentários:
Creio que hoje é a segunda vitória contra o Porto e pintamos a Taça com um bocadinho mais de vermelho. Espero que sim!
Ah! Mais uma vez, grande crónica, parabéns Sloml!
Abraço
Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera
Bimbosfera.blogspot.com
É para ganhar Sloml!
Abraço.
Blog do Manuel
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