Depois dos já apresentados Fábio Faria, Jara, Gaitán e Roberto, hoje é a vez de fazer o BI futebolístico da até agora última contratação do Benfica: o avançado hispano-brasileiro Rodrigo.
Nascido no Brasil, Rodrigo viajou para Espanha muito jovem (é sobrinho do antigo internacional brasileiro Mazinho, campeão do Mundo em 1994 e que jogou alguns anos em Espanha). Com apenas 17 anos estreou-se pela equipa B do Celta de Vigo em 08/09, na II Divisão B espanhola. A equipa acabou o campeonato em 5º lugar e o jogador deu de tal modo nas vistas que foi contratado pelo Real Madrid, com o intuito inicial de rodar na equipa júnior merengue.
O talento, contudo, não passava despercebido a ninguém, e depressa o jovem avançado ascendeu de patamar. Primeiro passou para o Real Madrid C, que compete na III Divisão espanhola, e logo depois estreou-se pela equipa B dos merengues, denominada Castilla, novamente na II B. Segundo a Wikipédia, o jogador realizou 4 jogos (e 1 golo) na equipa C e 18 jogos e 6 golos na B.
Rodrigo é presença assídua nas selecções jovens de Espanha. Esteve, inclusive, no último Europeu de sub-19, que a Roja perdeu apenas na final frente à França (jogo onde o avançado marcou um dos 2 golos que apontou no torneio). Foi, aliás, por ter estado presente nesse torneio que Rodrigo não realizou a pré-temporada com a principal equipa do Real Madrid, como era desejo de José Mourinho, que nele via muitas qualidades. Ao todo, o avançado tem 10 jogos e 6 golos na selecção espanhola de sub-19.
Rodrigo é um avançado muito móvel, podendo actuar como 2º ponta-de-lança ou até mais descaído sobre as alas. Uma espécie de Weldon, Jara ou mesmo Saviola. É um jogador com excelente técnica, veloz e com apurada veia goleadora (atenção ao seu pé esquerdo). Ainda assim, e dadas as demais opções que temos para a mesma posição (em contraste com a escassez de pontas-de-lança propriamente ditos - apenas Cardozo e Kardec), confesso que me custa um pouco a perceber a opção de dar 6 milhões de euros por um miúdo de 19 anos que terá forçosamente de passar por um período de adaptação ao clube e a uma nova realidade. Tem a seu favor o mesmo que todos os jovens têm (tempo para progredir e se adaptar), além da enorme qualidade que tem, mas para uma equipa que tem a ambição de ir longe na Liga dos Campeões, tanta predilecção por contratar jogadores acabados de sair "do berço" de clubes estrangeiros pode acabar por ser prejudicial ao Benfica. Em princípio não, claro está. Veremos se esta nova política de contratações dá os seus frutos. A começar por Jara, Rodrigo e outros que se possam seguir.
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1 comentário:
Este Rodrigo valeu mesmo os 6 milhões e muito mais valerá ainda, lol
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