E voltámos às goleadas. Depois de 4 (apenas 4) jornadas decorridas desde a última (4-0, em casa, à Académica), o Benfica voltou a fazer uma exibição a meio gás, continuando longe do fulgor demonstrado nas primeiras jornadas. No entanto, essa atitude fulgurante dá agora lugar a um calculismo moderado, que tem dado para somar os 3 pontos, bem à imagem do futebol apresentado da última vez que fomos campeões. À Trapattoni. Num jogo sem casos, tal o acerto de todas as decisões do árbitro, só foi pena Olberdam ter estragado o jogo, pois a sua atitude irreflectida amputou a sua equipa da luta pela vitória. Paciência.
O jogo tem claramente um antes e um pós-expulsão de Olberdam. Antes, o Marítimo foi melhor, mas o Benfica, à primeira oportunidade de golo, marcou. Numa jogada de insistência, mérito para Cardozo, que nunca desistiu e ainda fez uma assistência belíssima para Saviola (quem mais?) abrir o marcador. Depois veio a expulsão absolutamente infantil de Olberdam e o jogo acabou aí, pelo menos no que à sua emotividade diz respeito.
O Benfica chegaria ao segundo pouco depois, numa jogada magistral de Di María, que ofereceu o golo a Maxi Pereira.
O terceiro golo voltou a nascer de uma jogada de Di María, que assistiu Cardozo. O paraguaio falhou na recepção, mas acabou por atirar bem colocado para a defesa de... Robson. Exacto, Robson é central e defendeu com o braço esquerdo. Resultado? Foi muito bem expulso e penalty indiscutível, que o mesmo Cardozo se encarregou de converter em golo, fazendo o seu 15º no campeonato.
Na segunda parte, mais do mesmo. Uma equipa destroçada, a jogar com 9, pouco mais podia fazer a não ser tentar alguns tímidos contra-ataques (sempre pelos ex-benfiquistas - e muito bons jogadores - Paulo Jorge e Manu). O Benfica manteve o ritmo pasteloso mas eficaz, parecendo claro que bastava acelerar um pouco para o Marítimo fraquejar. E foi o que aconteceu no 4º golo, fruto de uma jogada à linha, com cruzamento atrasado e Roberto Sousa a fazer auto-golo.
O jogo não acabaria sem o Benfica chegar ao 5º, por intermédio de Luisão. Como se pode ver perfeitamente nas imagens, não há qualquer falta, pois o brasileiro nem toca em Peçanha, que saiu totalmente em falso da baliza.
Do lado do Marítimo, o menos mau foi Manu (ex-benfiquista), com algumas boas arrancadas a colocar a defesa do Benfica em sentido, mas sem qualquer expressão na hora de finalizar.
Um jogo que era, à partida, muito difícil, mas que a expulsão estúpida de Olberdam transformou num jogo sem história. O Benfica venceu bem, sem margem para dúvidas nem reclamações, ainda que os responsáveis do Marítimo protestem, ninguém sabe bem do quê. E para todos os anti que estúpida e falsamente afirmam que o Marítimo foi roubadíssimo e mais não sei o quê, desafio-os a virem aqui dizer-me claramente onde é que o Benfica foi beneficiado neste jogo. Como não quero ser mal-educado no meu blog, digo apenas: façam-se minhas as palavras de Maradona...
E que o façam devagarinho, bem devagarinho, para durar mais e saber melhor.
O resumo do jogo aqui:
ONZE PARA A TAÇA
Há 51 minutos
2 comentários:
Boa cronica concordo com tudo que foi dito. Agora temos que ganhar ao Guimaraes em casa!
Excelente post grande companheiro, foi uma vitória de mão cheia do Benfica, num resultado que não espelha as dificuldades iniciais pelas quais o Benfica passou.
Um jogo que se esperava complicado e que foi facilitado pela acção dos jogadores maritimistas, factor esse de que o Benfica não tem culpa, a não ser para aqueles que conseguiram saber o que disse Olberdam e que entendem que contra o Benfica qualquer jogador adversário pode defender com as mãos no interior da sua área, facto esse que sou levado a começar a concordar, porque de facto ter 44 golos é uma afronta, é desleal e há que arranjar uma maneira de o Benfica marcar menos, senão isto deixa de ter graça.
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