Foi o jogo possível face às condições do tempo e do terreno (de acordo com Paulo Sérgio, o treinador do Vitória, foi o Benfica que, ao chegar ao campo, quis que o jogo se realizasse mesmo assim). A ser verdade, confesso que desconheço o porquê dessa tomada de posição dos nossos responsáveis, sabendo que o plantel encarnado é muito mais baseado na técnica do que na força. Mas enfim.
Hoje o destaque não foi para Saviola, porque o avançado argentino nem no banco esteve. Hoje, os destaques vão para dois jogadores: Fábio Coentrão, pelo golo marcado, demonstrando algumas melhorias na finalização (já não era sem tempo); e Júlio César, pela grande exibição que fez, negando golos a Leandro, Custódio, Douglas e mais alguns que me esteja a esquecer, de tantas boas defesas que efectuou. Éder Luís estreou-se mas, sendo um tecnicista por natureza, viu-se enrolado no lamaçal que era o campo do Afonso Henriques e nada mostrou de estrondoso. Terá melhores oportunidades para confirmar o seu potencial.
No Vitória, o elemento em foco foi Douglas, pelo golo que marcou (Maxi Pereira, a propósito, está um desastre, e logo agora que os seus concorrentes, Ruben Amorim e Luís Filipe, estão lesionados), mas também pelo muito trabalho que deu à defesa encarnada. Curiosamente, mantém-se a tradição de jogadores que há muitos jogos não marcam (aliás, a maioria deles estreia-se mesmo a marcar na respectiva época), marcarem sempre contra o Benfica. Não sei se alguém já alguma vez se debruçou a fundo sobre isto, mas é a mais pura das verdades. Se não, vejamos: Alonso estreou-se a marcar pelo Marítimo na Luz. Hélder Barbosa estreou-se a marcar pelo Vitória de Setúbal na Luz. Maykon estreou-se a marcar pelo Paços de Ferreira contra o Benfica. Edgar Costa estreou-se a marcar pelo Nacional na Luz. Agora o Douglas, que ainda não tinha marcado esta época, lá marcou ao Benfica. Só fogem a este registo os jogadores de Braga e Olhanense (Hugo Viana e Paulo César e Carlos Fernandes e Toy) que já tinham marcado no campeonato antes de jogar com o Benfica. O resto, todos se iniciaram connosco e muitos deles nem marcaram (nem chegarão a marcar) mais nenhum golo na época. E isto já vem de há muitos anos, não é de agora. Algo a verificar pelos responsáveis encarnados.
E assim o Benfica deixou fugir uma bela oportunidade de, a exemplo do Sporting, carimbar já hoje o passaporte para as meias-finais desta competição, que não pode ser encarada como menor pelo simples facto de que é oficial e, como tal, tem de ser ganha, porque o Benfica tem de jogar para ganhar em todas as competições que disputa, nomeadamente as oficiais. Além do mais, é detentor do troféu e tem de fazer jus a esse estatuto. Se me perguntarem se estou optimista para a passagem às meias-finais, sinceramente... não. Porque Vila do Conde é um terreno muito, muito complicado e precisamos mesmo de vencer lá. E creio que vamos encontrar muitas, muitas dificuldades, e não só desportivas, nesse jogo. Espero que me engane. Mas é para ganhar o jogo e passar às meias-finais. Até porque o Braga já foi eliminado, o Sporting já passou, o Porto vai de certeza passar e o Sporting é bem capaz de deixar o Trofense fazer uma gracinha na última jornada para haver um cartaz Sporting-Porto-Trofense-Rio Ave nas meias-finais, proporcionando uma final Sporting-Porto. Espero estar enganado. Seja como for, se vencermos (rectamente) em Vila do Conde, que se lixem os arranjinhos dos outros. Força Benfica!
O resumo do jogo aqui:
ONZE PARA A TAÇA
Há 38 minutos
1 comentário:
um jogo de lotaria num relvado demasiado encharcado em que a bola pouco rolava, adaptou-se melhor o Guimarães ao campo, num jogo que prometia bom futebol noutras condições, num entanto, houve um tremendo empenho em ambos os conjuntos. O Benfica optou por usar um misto de suplentes e titulares, o que na minha perspectiva era escusado, a prioridade é o jogo de Domingo na Madeira e eu se pudesse escolher entre uma derrota neste jogo e uma vitória na Madeira, obviamente a minha decisão estaria tomada.
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