quarta-feira, 17 de novembro de 2010

JVP


Benfica-Naval

1 - Castigo pesado para uma Naval que foi exemplo de coragem

Num jogo agradável de seguir, especialmente na primeira parte, muito aberto e de parada e resposta, a vitória foi justa, mas os números pesados. Ambas as equipas tiveram atitudes muito positivas perante o jogo, especialmente a da Naval. Na Luz, jogou o jogo pelo jogo e rematou várias vezes, o que demonstra coragem. Pecou na eficácia, por isso tem a lamentar o resultado. Por aquilo que aconteceu na primeira parte, o empate seria justo ao intervalo. Mas insisto no elogio à atitude da Naval: o último classificado, na Luz, costuma jogar para não perder, pelo pontinho, não sendo nada habitual que atire bolas ao poste ou obrigue o guarda-redes encarnado a brilhar.
A Naval conseguiu dividir a partida, porque o Benfica o permitiu. Até ao primeiro golo, os navalistas estavam por cima, mais ofensivos, e tinham mais remates. Isto porque a equipa da casa deu espaços, não pressionou e mostrou-se vulnerável à dinâmica do adversário, que tem avançados possantes e rápidos como Fábio Júnior e Carlitos.

2 - Entrada do Benfica não foi a de quem tinha levado cinco

O Benfica entrou no jogo de uma forma muito estranha. Depois da pesada derrota no Dragão e da semana complicada que se lhe seguiu, culminada com a pressão exercida pelos adeptos, o que seria de esperar era uma entrada em campo mais forte, a atacar desde o início. Podia até nem fazer uma entrada de qualidade, mas exigia-se que tivesse outra agressividade e outra entrega. Mas mesmo depois do primeiro golo, em pouco tempo a Naval conseguiu recuperar o ânimo e voltar a dividir o jogo. E as mudanças no onze do Benfica não servem de desculpa, porque não foram ditadas por opção. Os que ficaram de fora, foi por castigo ou lesão, a equipa que jogou era a que se previa que jogasse.

3 - Guarda-redes, Salvio e Aimar em destaque

Num jogo em que é justo elogiar os dois guarda-redes - Salin teve azar no último golo, mas fez uma boa exibição, tal como Roberto -, o resultado não traduz as dificuldades que o Benfica sentiu. O jogo podia ter-se complicado para os da casa na primeira parte, mas o segundo golo, logo a abrir a segunda parte, foi o momento do jogo. A Naval não conseguiu ser a mesma equipa, e o Benfica controlou, impôs mais velocidade, aumentou a dinâmica colectiva e não se desequilibrou.
Para além dos guarda-redes, gostei de Salvio e Aimar, este com bons entendimentos com Saviola. Embora, Gaitán tenha marcado dois golos, Salvio e Aimar foram os que mexeram na dinâmica da equipa.

2 comentários:

Bimbosfera disse...

Boas. É o costume. Equilibrada, a crónica!

Abraço

Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera

Bimbosfera.blogspot.com

Jotas disse...

Um grande abraço para ti e obrigado pelas tuas palavras.
O post, apenas uma das pessoas que mais sabe de futebol e fica tudo dito.