Só hoje escrevo sobre o acontecimento de segunda-feira, pela simples razão de que estive lá presente mas queria rever tudo na televisão e só hoje o consegui.
E o que tenho para dizer sobre esse dia é apenas isto: grandioso. Nunca me esquecerei do momento em que pude estar numa conferência de imprensa com Eusébio, Rui Costa, Zidane e Kaká. Nunca me esquecerei de ver as equipas entrar no relvado, com todas aquelas estrelas do presente e do passado. Nunca me esquecerei de ver as suas caras espantadas ao ver a nossa águia a voar no alto do estádio. Nunca me esquecerei que tive o privilégio de ver jogadores de verdadeira classe no relvado do estádio da Luz. Sobre o jogo, dizer apenas que foi uma grande festa e que Nuno Gomes bisou, a passe do jogador mais genial do Benfica dos últimos anos: Miccoli. De resto, Éder Luís marcou o terceiro do Benfica. Para os internacionais, Kaká, Robert Pires e Buthia fizeram os tentos.
Não me esquecerei nunca dos nomes que abrilhantaram esta festa. Estes jogadores ficarão para sempre gravados na minha memória.
São eles: do lado do Benfica All Stars:
Quim (o actual guardião)
Neno (cujas defesas e estilo na baliza bem recordo)
Moreira (apesar de tudo, um bom guarda-redes)
Miguel (com cuja presença no evento não concordo, mas dá-se um desconto por ter sido um dos obreiros do último título)
Abel Xavier (nunca foi um grande jogador, mas desde que se chama Faisal tinha de fazer parte da festa!)
António Veloso (um senhor da nossa história)
Abel Silva (prometeu muito, mostrou muito pouco mas é produto das nossas escolas)
Minervino Pietra (fantástico lateral)
Humberto Coelho (a par do falecido Germano, o melhor central português de sempre do Benfica)
Luisão (o actual (sub)capitão da equipa)
Mozer (dos melhores centrais que vi jogar no clube)
Miguel Vítor (do actual plantel, um jogador com muito potencial)
Hélder (nunca foi um portento, mas era um bom central e sentia a camisola)
Pedro Valido (nunca prometeu muito, e não mostrou rigorosamente nada enquanto sénior, mas é produto das escolas)
Paulo Madeira (não foi craque, é mal-amado pela grande maioria dos adeptos, mas fez muitos anos com a nossa camisola e foi capitão)
Dimas (a seguir a Leo, o melhor lateral esquerdo dos últimos 15 anos do Benfica)
Stefan Schwarz (melhor que Dimas, foi o dono do lugar nos anos imediatamente antes)
Katsouranis (um dos últimos trincos da equipa, deixou saudades, se bem que Javi García tem sido um substituto bem à altura)
Shéu Han (um histórico da equipa, que mostrou ainda estar em forma, pese a idade)
Manuel Fernandes (vide Miguel)
Vítor Paneira (um dos históricos escorraçados por Artur Jorge, tinha futebol para ter jogado toda a carreira na Luz)
Ramires (pode vir a ser um caso sério do futebol mundial)
Karel Poborsky (simplesmente o melhor extremo que vi jogar na Luz, muita saudade deixou)
Karagounis (pessoalmente, deixou-me mais saudades que Katsouranis. Karagounis tinha um futebol diferente de tudo o que já vi, mas que resultava perfeitamente)
Fernando Chalana (já não o vi jogar, apenas em vídeos, e a sua alcunha diz tudo: "O Pequeno Genial")
Rui Costa (o Maestro. Dos melhores nº 10 da história do clube)
Valdo (vem logo a seguir a Rui Costa na hierarquia)
Éder Luís (espero que venha a fazer história no Benfica. Um golo na Luz já marcou...)
Fabrizio Miccoli (o jogador mais genial da última década do Benfica. Ainda dava muito jeito hoje)
Nuno Gomes (actual capitão, continua a ser goleador - quando lhe deixam...)
Saviola (a par de Miccoli, o melhor avançado que vi no Benfica nos últimos 10 anos)
Óscar Cardozo (goleador por excelência)
Rui Águas (vide Cardozo)
Nené (o jogador que mais jogos fez com a camisola do Benfica e dos que mais golos marcou. Um histórico)
Mats Magnusson (apesar das figuras que fez neste jogo e do actual tamanho da barriga, foi um grande goleador que passou pela Luz)
Treinadores: o passado e o presente, juntos, no que espero ter sido uma espécie de presságio para o resto do consulado de Jorge Jesus no Benfica - dois treinadores vitoriosos e que fazem (e farão) parte da história do nosso Glorioso - Jorge Jesus e Toni
Do lado da equipa Zidane, Ronaldo e amigos:
Fabien Barthez (um louco, que fazia defesas impossíveis)
Luciano da Silva (não o conhecia, mas mostrou qualidades)
Jens Lehmann (vide Barthez, se bem que nunca foi tão bom quanto o francês)
Daniel Alves (o melhor lateral direito do mundo actualmente, a par de Maicon)
Lucas Radebe (um histórico da África do Sul e do Leeds United)
Alfredo Esteves (não o conhecia, mas ao que parece é dos melhores de sempre de Timor; chegou a participar na subida do Aves à primeira liga, em 2005/06)
Fernando Couto (apesar de associado a episódios negros da história do Porto, tornou-se um central de classe mundial depois de sair de Portugal)
Rafael Márquez (dos melhores jogadores mexicanos de sempre)
Fernando Hierro (nos cinco melhores jogadores espanhóis da história, e, sendo central, é o segundo melhor marcador da história da selecção, só ultrapassado por Raúl)
Digão (irmão de Kaká, ainda tem margem para progredir no futuro)
Graeme Le Saux (internacional inglês, presente em vários mundiais e europeus, um nome muito respeitado em Inglaterra)
Edgar Davids (dos melhores médios-centro que vi jogar: e continua a ser um grande jogador)
Phillip Cocu (capitão da selecção holandesa em vários mundiais e europeus, fez parte de uma grande equipa do Barcelona)
George Popescu (dos melhores de sempre da história da Roménia)
Anatoly Tymoschuk (um dos melhores médios-centro mundiais)
Jean Sony (presente por ser haitiano, é internacional do seu país e joga no Leixões)
Kaká (dos melhores do mundo desde 2004)
Zinedine Zidane (dos melhores de sempre do futebol mundial. Uma palavra apenas: classe)
Michael Laudrup (vide Zidane, embora nunca tenha tido a devida notoriedade: que jogador. O melhor dinamarquês de sempre)
Figo (dos melhores portugueses de sempre)
Nedved (não andarei muito longe se disser que foi o melhor jogador checo da história)
Amer (promissor médio dos Emirados Árabes Unidos, pode ter muito futuro)
Baichung Buthia (o melhor de sempre da Índia)
Robert Pires (foi grandíssimo no início dos anos 2000, com exibições de sonho no Arsenal. É benfiquista de coração)
Gheorge Hagi (o melhor romeno de sempre. Era dos meus ídolos na infância)
Thierry Henry (que jogador. Uma autêntica força da natureza e, ao mesmo tempo, um portento de técnica)
Pauleta (o melhor marcador de sempre da selecção portuguesa)
Patrick Kluivert (foi, durante uns sete anos, dos melhores pontas-de-lança do mundo)
Ivica Olic (avançado do Bayern de Munique, sempre me pareceu pior do que dizem que é, mas enfim)
Christophe Dugarry (internacional francês, campeão do mundo e da Europa)
Akwá (símbolo de Angola, chegou a jogar pelo Benfica, pelo que até poderia estar do outro lado - fez mais jogos com a nossa camisola que Valido, por exemplo)
Treinadores: o oposto um do outro. Van Gaal é um treinador ganhador - conquistou títulos em quase todos os clubes que já treinou. José Peseiro é o oposto. Benfiquista de coração, só teve sucesso no Nacional. De lá para cá, soma falhanços atrás de falhanços. É pena, porque tem uma bela filosofia de jogo. Falha nas decisões que tem de tomar no decorrer dos jogos.
Dos árbitros que estiveram no encontro, os portugueses não vou comentar, pelas razões que se conhecem. Quanto a Pierluigi Collina, é apenas e só o melhor árbitro de sempre.
PS: Duas notas: além dos indesejados Miguel e Manuel Fernandes, faltaram muitas outras estrelas na equipa do Benfica, claro, mas estas duas ter-me-iam feito exultar de alegria caso tivessem participado. Não estiveram presentes, pois não foram convidados, o que é, de certa forma, uma mancha na festa. Falo de Izaías (que grande jogador) e, obviamente, João Vieira Pinto, o maior símbolo do Benfica dos últimos 20 anos.
PS2: Simão e Peterson também estiveram presentes e, embora não pudessem jogar, merecem distinção. Simão por se ter tornado um símbolo do Benfica, e Peterson porque, a exemplo de Sony, é um jovem haitiano do Braga que está lesionado há vários meses. Os meus desejos de que recupere rapidamente.
PS3: Obviamente, não esqueci o que se comemorou no dia 25. Os meus parabéns ao melhor jogador português de sempre, o grande Eusébio, que tive o prazer de ver bem ao meu lado nesse dia. Não lhe consegui apertar a mão e dar os parabéns, mas chegou-me estar ao seu lado.
Por outro lado, fez seis anos que Miklos Fehér morreu. Teria agora 30 anos. Lembro-me como se fosse ontem desse dia. Um jogador que até nem tinha ainda lugar no coração dos benfiquistas e que poderia ser dispensado no final dessa época. Talvez o destino quisesse mesmo que ele ficasse na nossa história, por uma razão ou por outra. Descansa em paz, Miki.
ONZE PARA A TAÇA
Há 6 horas
1 comentário:
Caro sloml
Tudo nos trinques, tim tim por tim tim.
Grande crónica. Grande no sentido de excelente, maravilhosa.
Um abraço
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