domingo, 28 de fevereiro de 2010

JVP


Leixões-Benfica

1 - Benfica deu a melhor resposta possível

O Benfica deu uma boa resposta à vitória do Braga sobre o Olhanense, sobretudo após três jogos em que não conseguira impor o mesmo ritmo que impôs no de ontem. Isso tinha levado a que se levantassem dúvidas quanto à condição física dos seus jogadores, se não estariam a perder o gás… A vitória de ontem foi importante também a esse nível, de resposta às dúvidas sobre a frescura física, mas sobretudo porque manteve o primeiro lugar e transmitiu a mensagem de que é uma equipa muito perigosa, o que intimida os adversários. É que mesmo após a obtenção do primeiro golo, manteve sempre um ritmo elevado.

2 - A mesma atitude ao longo da época

O controlo do jogo pertenceu sempre à equipa do Benfica. O Leixões limitou-se a assinar um ou outro lance perigoso quando o resultado ainda estava em 0-0. Os mais destacados foram protagonizados por Paulo Tavares, logo aos quatro minutos, e por Pouga, aos 20', que não conseguiu antecipar-se e depois Seabra não deu o melhor seguimento à jogada. O Leixões ficou por aí e foi o Benfica que esteve sempre mais próximo de marcar, mesmo depois de fazer o 1-0. Depois do golo manteve a atitude que tem demonstrado ao longo desta época, com muita velocidade, pressão sobre o adversário e grande dinamismo. Isso ficou patente não só no resultado como também no número de oportunidades de golo criadas.

3 - Ganhar segundas bolas é controlar o jogo

Os maiores desequilíbrios da equipa encarnada foram provocados pelo lado esquerdo, onde estava Di María e aparecia Saviola. Mas vale a pena sublinhar que, além de ter sido sempre a equipa mais rápida, o Benfica ganhou mais segundas bolas. Ao ter uma boa organização, a conquista das segundas bolas permite controlar o jogo, o que o Benfica conseguiu fazer no meio-campo leixonense, isto é, longe da sua baliza. Aliás, na segunda parte ainda foi mais forte do que na primeira, na tentativa de chegar o mais rapidamente possível ao segundo golo, o da tranquilidade. E manteve o pé no acelerador até final do encontro!

4 - Leixões recuou muito mas nem assim…

O Leixões recuou muito no terreno! Não conseguiu acertar com as marcações, a equipa mostrou-se receosa e isso levou-a a recuar. Mas nem assim, com muitos homens atrás da linha da bola, conseguiu segurar a dinâmica do Benfica. E a vida não está nada fácil para o Leixões. Vai ter de ganhar em casa aos adversários directos na luta pela fuga à despromoção e tentar pontuar o máximo possível fora de casa. Mas, repito, a tarefa não é fácil.

5 - Di María já é um jogador para grandes clubes

Di María foi o grande desequilibrador do Benfica, beneficiando também do trabalho de Saviola, que recuava para receber a bola entre linhas, o que provocava grande instabilidade na defesa do Leixões. Di María é hoje em dia um jogador mais maduro e mais completo. Melhorou em termos tácticos - ontem vimo-lo a fazer também trabalho defensivo -, tornando-se num jogador de equipa, que é aquilo de que necessita um clube grande.

6 - Airton bem enquanto teve forças; Éder Luís sacrificado em nome da segurança

Airton mostrou grande preocupação em dar à equipa os equilíbrios necessários. Substituir Javi García não é fácil, mas enquanto teve forças conseguiu-o. É um jogador forte, posiciona-se bem e mostrou uma boa atitude colectiva e táctica - qualidades que Rúben Amorim também evidencia -, num campo difícil em que eram precisos homens como ele, fortes fisicamente. Já Éder Luís trocou muito com Saviola, em particular quando o argentino recuava. Jogou mais como avançado do que como médio, daí ter sido substituído na segunda parte: o Benfica ainda ganhava por 1-0 e Carlos Martins é um jogador que transmite maior segurança defensiva, lucidez e ainda possui um remate forte.

7 - Bom futebol e muitas opções no plantel

Jorge Jesus afirmou esta semana que o Benfica é a equipa que melhor futebol pratica em Portugal. Aquilo que é certo é que é aquela que tem maior número de vitórias por números folgados e isso, não sendo obra do acaso, demonstra que tem grandes períodos de bom futebol. A isso não é alheio o grande número de opções que tem no plantel. Ontem faltava Javi García mas havia Airton e Rúben Amorim; para o lugar de Aimar ainda há mais alternativas - Filipe Menezes, Carlos Martins e Éder Luís. O Benfica possui várias opções para cada posição e por isso o número de jogos não é tão significativo como para as outras equipas que não possuem tantas e tão boas opções.

8 - FC Porto já estava pressionado

O FC Porto já estava pressionado porque não podia falhar mas penso que os resultados de ontem do Braga e do Benfica não vão alterar a sua forma de jogar, pois a margem de erro é a mesma: zero! Em relação à luta pelo título, com as coisas a manterem-se como estão, continua a parecer-me que se decidirá nos confrontos entre os candidatos. O Braga mantém-se na luta, o Benfica continua com o mesmo entusiasmo e o FC Porto está a melhorar mas mesmo que hoje vença o Sporting continuará a seis pontos. A nove jornadas para o fim, é uma diferença significativa, tendo em conta que a luta é a três.

9 comentários:

Bimbosfera disse...

Bom texto, se bem que essa do clube grande, para nós jogadores como o Di Maria, como o próprio João Pinto, que foi ficando pelo Benfica enquanto o deixaram, são jogadores para clubes grandes com o Benfica, pois nós achamo-nos sempre grandes, e se não o somos temos que os manter para nos tornarmos novamente.

De resto... Acabou-se a margem de erro, ou pelo contrário, aumentou, para 9 pontos, eheheh!

Seja como for, a lagartagem portou-se bem, bela prenda de aniversário!

Abraço

Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera

http://Bimbosfera.blogspot.com

Vermelhusco disse...

Essa de que o Di Maria ja e jogador para clubes grandes... Num clube grande ja esta ele!!!

Bimbosfera nao te esquecas do Braga. O segundo classificado esta a um ponto do Benfica.

sloml disse...

Quer-me parecer que vocês não têm a mesma leitura que eu no que o JVP quis dizer aí. O que ele quis dizer foi que o Di María agora sim é jogador para um clube grande, como o Benfica. Antes não era, porque lhe faltava o sentido colectivo, o que fazia com que fosse impossível ele triunfar num grande clube, ou seja, na Luz. Agora que já melhorou nesse aspecto já é jogador para um grande, neste caso o Benfica.

Manuel Oliveira disse...

Já vi caro Sloml que és admirador do JVP! A crónica está muito boa, espelha o que se passou em campo.
E vamos continuar no mesmo ritmo rumo ao título.
Abraço.

sloml disse...

Manuel, sou admirador dele em todos os aspectos. Além de ter sido, na minha opinião, o melhor jogador que eu vi actuar num campo de futebol, é o único cronista/colunista da imprensa nacional que, nas suas crónicas, fala única e exclusivamente do futebol jogado no campo. E é esse que interessa. Além disso, é para mim um exemplo como pessoa. Confesso que, não tendo nenhum ídolo, tenho uma grande admiração pelo João Vieira Pinto.

Jotas disse...

Caro Sloml, como já aqui disse várias vezes, leio sempre esta tua crónica do JVP. porque aqui fala quem sabe de futebol.
Um grande abraço e via o SLB

Bimbosfera disse...

Olá a todos, de novo...
Reli, e admito, efectivamente, a minha má interpretação... Assim seja, que é o melhor para todos nós, Benfiquistas!

Abraço

Márcio Guerra

Anónimo disse...

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