Do sempre apetecível Rio de Janeiro chegou ao Benfica Valdir, o último bigodaças que passou pela Luz. Um jogador que não era muito tecnicista, podendo até dizer-se que era um pouco trapalhão com a bola nos pés, mas mostrou nos poucos meses de águia ao peito que, embora também falhasse os seus golinhos, se podia contar com ele na hora de balançar as redes adversárias.
Valdir fez um total de 13 jogos e 6 golos no Benfica (10/4 no campeonato e 3/2 na taça), sendo que esteve apenas 2 meses na Luz.
Chegou em Abril de 1997, numa fase muito conturbada da vida do clube: a terrível fase final da época de 96/97, em que Manuel José afundava a alta velocidade o barco que Paulo Autuori tinha deixado sem comandante. Tinha 25 anos e vinha rotulado de matador, tendo passado por grandes clubes do Brasil (Vasco da Gama e São Paulo). No final da época, com a desculpa que não havia dinheiro para o manter (desculpa facilmente refutável, pois 2 meses depois chegaram à Luz Nuno Gomes e Paulo Nunes, o que demonstra que afinal havia dinheiro), regressou ao Brasil, onde ainda jogou no Atlético Mineiro (por 2 vezes), Botafogo, Santos e novamente no Vasco, até emigrar para a Arábia, onde encerrou a carreira em 2007/08, com 36 anos (jogou 3 épocas no Al-Naasr do Dubai e por último uma no Al-Nassr da Arábia Saudita).
O momento mais importante da sua estadia no Benfica acabou por ser o golo que marcou ao Porto nas meias-finais da taça, em que o Benfica venceu na Luz por 2-0, chegando assim ao Jamor para jogar a final com o Boavista (o Benfica era o detentor do ceptro). Valdir jogou essa final, mas não foi feliz, assim como a sua equipa, que perdeu por 3-2 e viu a taça ir para o Norte. Esse foi o último jogo de Valdir em Portugal.
Valdir não se tornou um símbolo do Benfica, não merece uma estátua e muito provavelmente até muitos adeptos benfiquistas já nem se lembrarão dele. Mas deixou por cá o perfume do seu futebol algo atrapalhado mas certeiro. No fundo, o que se exige a um goleador.
PS: João Vieira Pinto, há uns meses no Domingo Desportivo, elogiou-o, dizendo que gostou muito de fazer parceria com ele e que se tratava de um excelente avançado. Penso que isto diz tudo da sua qualidade.
Vejam alguns golos de Valdir no Benfica aqui, assim como a entrevista depois do primeiro jogo com a camisola da águia:
ONZE PARA A TAÇA
Há 2 horas
2 comentários:
Caro Bruno
Lembro-me bem desse avançado que só não vingou no Benfica porque o Benfica andava à deriva.
Um abraço
lembro-me bem deste jogo contra o Porto na Taça de Portugal...
depois perdemos na final com o Boavista....
o Valdir não triunfou tal como o Donizete também não...
endeusaram o João Pinto na Luz e foi o que se viu...
saudações gloriosas
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