Uma vitória normal, perante um adversário abnegado e que jogou o jogo pelo jogo, mas só depois de estar a perder por 2-0. Até aí, foi praticando um futebol mole e recorreu algumas vezes ao anti-jogo para refrear o ímpeto inicial do Benfica. Depois disso, sim, acordou e meteu o Benfica em sobressalto. Com a ensaboadela que levaram ao intervalo, os jogadores encarnados lá entraram como melhor sabem na segunda parte e fizeram o normal. Foi a primeira das oito finais que nos faltam disputar (sim, eu sei que já se fala de finais e de ciclos difíceis há muito tempo, mas no meu entender este sim será o ciclo mais difícil: o mês de Março, cujos jogos são: Paços em casa, Marselha em casa, Nacional fora, Marselha fora, final da Taça da Liga com o Porto, Braga em casa; se passarmos este ciclo incólumes, a época será quase totalmente gloriosa - só falhou a taça de Portugal).
Voltámos a entrar à Benfica, com ataques rápidos, e sempre pela esquerda, através das acções do endiabrado Di María (que primeiros 30 minutos, coitado do Manuel José). Numa dessas iniciativas, o argentino fez a bola pingar na área onde, depois de alguns ressaltos, Cardozo fez a assistência (mais uma) perfeita para o cabeceamento certeiro de Ruben Amorim. 1-0 para o líder.
Quatro minutos volvidos, Saviola regressou aos golos, depois de um Janeiro fulgurante e um Fevereiro sem pólvora. Foi o 11º golo do argentino, que, apesar de não ser mortífero como Cardozo, é o 3º melhor marcador da Liga, só atrás do paraguaio e de Falcao.
Depois foi o desnorte nos encarnados, provocado apenas e só por algo que à partida parecia insignificante, mas não foi: a entrada de Candeias para o lugar de Manuel José, que estava a ser o pior em campo. Com esta alteração, Danielson passou para lateral-direito, travando bem melhor Di María, e recuou Maykon para lateral-esquerdo, ficando, à mesma, com 2 alas bem abertos (Pizzi e Candeias) e Maykon, que é um excelente jogador (o melhor do Paços, quanto a mim; já marcou esta época ao Benfica e ao Porto), a fazer todo o flanco esquerdo. E assim o Paços chegou ao golo, depois de um cruzamento de... Maykon, para um cabeceamento irrepreensível de um dos melhores avançados da nossa Liga: William. Com este golo, o Paços cresceu e pôs várias vezes em sobressalto a nossa defesa. Ao intervalo, os pacences estavam claramente na mó de cima.
Na segunda parte, a atitude era a que se impunha. Jorge Jesus deu a reprimenda que tinha que dar e a equipa entrou com vontade de acabar depressa com o jogo. Assim, acabou por ser sem surpresa que Cardozo, ainda que com sorte no ressalto, bateu Coelho pela 3ª vez, voltando a adiantar-se a Falcao na lista dos melhores marcadores: já leva 18 golos no campeonato.
E assim aconteceu mais uma vitória do Benfica. E assim, pela primeira vez esta época, conseguimos ficar 3 pontos à frente do 2º, no caso o Braga, sendo que já temos 11 pontos de vantagem sobre o Porto e mantemos os 20 sobre o Sporting. Como disse acima, o campeonato ficará decidido neste mês. Se vencermos na Choupana e o Braga em casa, não me parece que deixemos fugir este campeonato. Ainda assim, muita coisa pode ainda acontecer, é certo. É por isso que a equipa não pode facilitar em momento algum. Todos os jogos são para vencer. Até final. Para já, o importante é vencer, na nossa casa, o Marselha, e depois passar pelo grande desafio que é a Choupana. Se passarmos aí, o título fica muito mais perto. Eu acredito. Rumo ao 32º!
Os golos do encontro aqui:
Regresso...
Há 15 segundos
1 comentário:
Caro ilustre Sloml, Mais uma exibição convicente do Benfica, começam a faltar adjectivos para classificar o bom futebol desta equipa, futebol esse, cuja qualidade, lhe dá total mérito e inteira justiça na liderança, a qual, só pode ser questionada por ma fé, ou por alguém com uma tremenda incapacidade de ver e apreciar bom futebol.
Faltam 8 finais e apesar de nada estar ganho, de ainda haver um longo caminho pela frente e muitas dificuldades no relvado e fora dele, seria uma tremenda injustiça, uma equipa que apresenta tamanho nível, não ser o justo campeão.
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