segunda-feira, 15 de março de 2010

JVP


Nacional-Benfica

1 - Início sem ideias do Benfica e Nacional bem posicionado
Depois de um jogo de grande desgaste como foi o da Liga Europa com o Marselha, o Benfica teve ontem uma primeira parte caracterizada por grandes dificuldades na circulação de bola e em entrar na área adversária. O Nacional estava muito coeso, bem posicionado e a fazer marcações eficazes a Aimar, Saviola, Cardozo e Di María. Naquele estádio, há um detalhe que importa sublinhar, que é o facto de a relva, apesar de escorregadia, ser alta, o que trava a bola e contribuiu para reduzir a velocidade do jogo na primeira parte, acentuando a falta de ideias do Benfica. Do lado visitante, havia falta de clarividência para acelerar o jogo pelas alas - o Benfica criou mais perigo nas poucas vezes em que o fez - e para colocar a bola nas costas da defesa do Nacional. Na equipa da casa, era grande a preocupação de recuar rapidamente para o meio-campo, quando se perdia a bola, e de povoar a zona central do terreno.


2 - Jesus demonstrou realismo com as substituições efectuadas
Na segunda parte, só deu Benfica, que acelerou mais o jogo, até porque precisava de o ganhar! Foi com naturalidade que surgiram o penálti e as oportunidades que foi criando. E o Nacional, embora praticamente não tivesse existido, até poderia ter empatado quase no fim, quando Cléber obrigou Quim a fazer uma grande defesa. Penso, no entanto, que aquilo que marcou este período foram as substituições de Jorge Jesus: a saída de Aimar e Saviola e a entrada de Maxi e César Peixoto foram uma demonstração de realismo por parte do treinador do Benfica, que, ao contrário do que fez em todos os outros encontros, quis jogar pelo seguro, conservando a vantagem.


3 - Nunca poderia ser Cardozo a marcar o penálti
Com o resultado em 0-0, nunca poderia ser Cardozo a bater o penálti! Mesmo que não haja qualquer proibição por parte de Jorge Jesus em relação ao paraguaio, este, por iniciativa própria, não deveria marcar penáltis. Não se trata de falta de qualidade, muito menos de falta de confiança por parte da equipa técnica ou dos companheiros de equipa - simplesmente falta-lhe sangue-frio. Numa altura em que o campeonato se está a decidir, os interesses individuais não se podem sobrepor aos da equipa. É que o Braga está a apenas três pontos e, caso saia da Luz com um empate, convém não esquecer que o Benfica ainda vai ao Dragão e recebe o Sporting. Ainda há muito campeonato pela frente…

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