Quim, Moreira, Júlio César, Maxi Pereira, Luís Filipe, Luisão, David Luiz, Sidnei, Miguel Vítor, Roderick Miranda, César Peixoto, Shaffer, Javi García, Ruben Amorim, Ramires, Carlos Martins, Di María e Fábio Coentrão. Estes são os jogadores que já marcaram presença na rubrica "O nosso plantel". Hoje, o cliente será um dos jovens mais prometedores do plantel: Urreta.
Urreta chegou ao Benfica com a pré-época de 2008/09 a decorrer, vindo do River Plate do Uruguai, o seu país natal. Chegou como um perfeito desconhecido, mas com grandes referências, entre as quais o facto de ter 18 anos e já ser titular nos séniores do River ou até já ser internacional sub-20 uruguaio. Apesar dessas referências, a juventude e inexperiência do jogador acabou por falar mais alto, juntamente com a qualidade da concorrência com que teve de se debater (Reyes e Di María). Urreta acabou, ainda assim, por realizar 10 jogos no campeonato, 4 dos quais a titular (com a curiosidade de um deles ter sido logo o primeiro da prova e os outros terem sido os últimos 3 jogos do campeonato). Marcou um golo, em Braga, na penúltima jornada. A ponta final interessante que efectuou elevou a fasquia para a época que se seguia, na qual se esperava que pudesse dar mais luta e batalhar ainda mais pela titularidade.
Este ano, porém, a vida não ficou mais facilitada para Urreta. Apesar da saída de Reyes, o jovem uruguaio partiu para a temporada como terceira opção para uma posição que já tinha Di María e Fábio Coentrão a assumir-se como opções principais. A acrescentar a isso, o facto de Urreta ter estado mais de um mês com a selecção de sub-20 do Uruguai no Mundial do escalão, o que fez com que perdesse muito terreno em relação ao resto do plantel, e nomeadamente aos jogadores da sua posição. Não é por isso de estranhar que a sua primeira utilização tenha sido apenas a 21 de Dezembro. É de estranhar, sim, que a mesma tenha ocorrido com... o Porto, num jogo em que estava muita coisa em causa. O Benfica debatia-se com muitas ausências para essa partida, nomeadamente os dois concorrentes de Urreta (Di María e Fábio Coentrão), que estavam castigados. Assim sendo, Jorge Jesus resolveu tirar um coelho da cartola e submeter o uruguaio talvez à grande prova de fogo da sua carreira, naquela que era a sua primeira aparição na equipa do Benfica na época. E a verdade é que Urreta não desiludiu o treinador nem os adeptos. Não fez um jogo perfeito, como é óbvio, mas mostrou grande maturidade e, acima de tudo, muita qualidade, a mesma que já havia ficado patente nos jogos onde tinha participado na época anterior. O Benfica venceu o jogo e Urreta, por tudo isto, foi uma das figuras do encontro. Essa boa exibição efectuada valeu-lhe nova titularidade no desafio seguinte, em casa com o Nacional, na primeira jornada da Taça da Liga. Aí, o jovem fez uma exibição mais apagada, numa altura em que talvez já estivesse com a cabeça no Uruguai, pois vinha sendo cobiçado pelo Peñarol, o maior clube do país. A escassa utilização no Benfica, aliada ao desejo de se poder mostrar ao seleccionador uruguaio, na esperança de marcar presença no Mundial, acabaram por levar mesmo o jogador a sair para o Uruguai perto do final de Janeiro. O saldo final com a camisola do Benfica nesta temporada? Esses 2 jogos, que ainda assim lhe podem valer a conquista de 2 títulos (um deles, a Taça da Liga, já conquistado). A estes 2, já juntou o título de campeão do Uruguai, mostrando que sair para rodar talvez tenha sido a melhor opção. Urreta foi considerado quase unanimemente um dos maiores obreiros dessa conquista (o próprio treinador admitiu que foi mesmo o melhor jogador do Peñarol na prova, mesmo tendo chegado a meio) e foi dele, inclusive, o golo que deu o título ao gigante uruguaio, o que ainda lhe dá algumas esperanças em vir a estar presente no Mundial com a selecção uruguaia.
Outros jogadores há cuja boa época noutros clubes, por empréstimo, seriam (serão?) aproveitados pelo Benfica para fazer negócio e ganhar uns milhões. Não será o caso, certamente, de Urreta. O jovem uruguaio será, ao que tudo indica, uma das grandes apostas dos responsáveis encarnados para a próxima temporada, dada a mais que provável saída de Di María. Urreta voltará para lutar com Fábio Coentrão pela titularidade e, quanto a mim, será uma disputa renhida. Nas poucas oportunidades que teve com a nossa camisola, o uruguaio mostrou sempre um enorme potencial e até uma maturidade acima da média para a idade (só tem 20 anos). A experiência conseguida no principal clube do Uruguai poderá ser determinante para conseguir ultrapassar mais uma fase no seu crescimento como futebolista e afirmar-se definitivamente de águia ao peito. Para já, resta-lhe festejar a conquista de 3 títulos este ano e sonhar com a presença no Mundial, o que a acontecer só lhe daria ainda mais experiência e acima de tudo confiança.
Qual a opinião dos leitores sobre o uruguaio?
ONZE PARA A TAÇA
Há 4 horas
2 comentários:
Ainda não tem estaleca para ser sempre titular, muito menos na Champions.
Mas sem Di María, julgo que o Urreta poderá ser um elemento importante no plantel.
Boas! Se não jogar nunca terá experiência... No que mostrou não fez pior que outros no passado. Por isso, com Jesus, «deixai vir a mim as criancinhas» ele vai crescer, sem dúvida!!!
Será mais para não ficar mal na fotografia no fim, e parecer isento (??) que é o que ele não é.
Até porque se o disser agora, e milagre dos milagres o Benfica não for campeão, só lhe atiram pedras para cima por dizer o que disse...
Abraço
Márcio Guerra, aliás, Bimbosfera
http://Bimbosfera.blogspot.com
Enviar um comentário